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Neste mês: o retrato da vacinação contra a covid-19 nos grupos prioritários, o salto do registro de armas no governo Bolsonaro, a produção de café no Brasil e mais.

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EM DETALHES

Trabalhadores da saúde, povos indígenas e idosos são os grupos mais vacinados até aqui

A vacinação contra a covid-19 no Brasil começou em janeiro de 2021. Como a oferta de vacinas até o momento é menor do que a população que pode ser imunizada, o Ministério da Saúde estabeleceu um calendário, seguindo critérios de prioridade.

A definição atual dos critérios prevê um total de 78,5 milhões de brasileiros com prioridade na vacinação, o que corresponde a cerca de metade da população com mais de 18 anos. Pode-se dividir esses grupos em quatro grandes categorias: faixa etária (38,7% do total), condições da saúde (33,1%), participação em serviços essenciais (24,4%) e populações vulneráveis (3,8%), como quilombolas, indígenas e privados de liberdade.

Os critérios do PNI (Programa Nacional de Imunizações) também estabelecem uma ordem dentro dos grupos prioritários. Profissionais de saúde da linha de frente, idosos de idade mais avançada ou institucionalizados (em asilos, por exemplo) e indígenas foram os primeiros grupos a serem vacinados.

Atualmente, a maioria dos grupos com maior prioridade já está vacinada com pelo menos uma dose. Alguns ainda aguardam a segunda dose, sobretudo os que tomaram a vacina de Oxford, que tem intervalo entre doses maior do que a Coronavac.

Em maio e em junho, a 1ª dose está sendo aplicada sobretudo em pessoas com comorbidades e trabalhadores da educação. Outros trabalhadores de serviços essenciais ainda aguardam sua vez, como os da limpeza urbana (grupo 0% imunizado) e os do transporte público (grupo 10% imunizado com a 1ª dose). Pessoas com deficiência também seguem na fila, apenas 4% do grupo recebeu a 1ª dose.

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OUTROS QUADRANTES

Registro de armas de fogo dispara no Brasil durante o governo Bolsonaro

Desde de que assumiu a presidência, Jair Bolsonaro promoveu ao menos 30 atos normativos para alterar a regulamentação de armas no país, ampliando o acesso a armas e munições.

Entre janeiro de 2009 e setembro de 2020 foram registradas 589.898 armas no Brasil, segundo a Polícia Federal. No período que corresponde ao governo Bolsonaro, a média de novos registros por mês foi de 9,3 mil, o triplo em relação à média de todo o período analisado.

Considerando o total de registros analisados, o Rio Grande do Sul é o estado que concentra o maior número entre 2009 e 2020, com 57 mil armas registradas, sendo 91,2% delas para pessoas físicas. Já em números relativos ao tamanho da população, o Distrito Federal está na frente. Na capital, 83,6% dos registros foram feitos por órgãos públicos.

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Vai um café? Brasil concentra 30% da produção mundial do grão

O café é originário da África e se popularizou a partir do mundo islâmico. Atualmente, a produção se concentra em lugares úmidos e de clima mais ameno, dentro das áreas intertropicais. O Brasil, sozinho, produz quase um terço do grão consumido em todo o mundo. Em seguida, vêm Vietnã e Colômbia.

No Brasil, os primeiros grãos chegaram em 1752, mas o cultivo, que demandou intensa mão-de-obra escravizada, se popularizou apenas durante o Império. Em 2019, a região sudeste, com destaque para Minas Gerais e Espírito Santo, produziu 86,2% do café brasileiro.

Vale ressaltar que a distribuição do café no país se alterou significativamente nos últimos 50 anos. No começo da década de 1970, o norte do Paraná era a principal região produtora. Um inverno intenso em 1975 dizimou as plantações no estado e em parte do oeste paulista, levando a uma gradual transição para outros cultivos, como o de soja e o de cana.

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DO ARQUIVO

Chile, Argentina, Portugal, França e Itália: de onde vem o vinho que o brasileiro toma

Apenas cinco países concentram quase 90% do valor de todo o vinho importado pelo Brasil em 2017. O total das importações alcançou US$373,5 milhões naquele ano, frente a um total de US$7,9 milhões de exportações. Ou seja, importamos 47 vezes mais valor em vinhos do que exportamos.

Dentre os maiores fornecedores para o Brasil, destacam-se dois países sul-americanos, Chile e Argentina, que foram responsáveis por 39% e 15% de nossas importações de vinho, respectivamente. Outro país da região, o Paraguai, se destaca na outra ponta, sendo o destino de 60% do vinho brasileiro exportado. O Paraguai é o único país do Cone Sul (que também inclui o Uruguai) que não tem uma produção de vinho significativa.

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NO RADAR

Todos os tiroteios em massa dos EUA, visualizados

Entre 21 e 23 de maio de 2021, 12 tiroteios em massa ocorreram nos Estados Unidos em cidades diferentes, trazendo o assunto à tona novamente, agora no governo Biden. Desde 2014, a média é de mais de um tiroteio do tipo por dia no país.

Ainda que não exista uma definição universal sobre tiroteios em massa, neste material produzido pelo The Guardian, eles são caracterizados como incidentes em que pelo menos quatro pessoas são baleadas ou mortas, sem incluir o atirador.

A publicação permite visualizar cada um desses incidentes, com detalhes da localização e quantidade de mortos e feridos.

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