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O que estamos lendo

  31 de maio de 2020

IGM FORUM
Tributo a Alberto Alesina

“Poucos economistas tiveram o impacto gigante que Alberto Alesina teve em nossa disciplina. Bem poucos economistas escrevem papers bons e importantes. Apenas alguns escrevem papers inovadores e que mudam um campo. E muito poucos estabelecem novos campos. Alberto, o fundador da economia política moderna, fez exatamente isso.” “Muitos falam, nas universidades modernas, da importância da pesquisa interdisciplinar. Muitos menos devotam suas carreiras a isso, e nesse processo lideram a criação de um novo campo que une acadêmicos de áreas previamente separadas. É isso que fez Alberto Alesina com o campo da economia política moderna.” O italiano Alberto Alesina, professor de Harvard e um dos economistas mais respeitados de sua geração, morreu de ataque cardíaco aos 63 anos no sábado, 23 de maio. Esta página do IGM Forum, da Chicago Booth School of Business, reúne textos de homenagem de diversos de seus colegas, entre eles Larry Summers, Guido Tabellini, Francesco Giavazzi e Beatrice Weder di Mauro, descrevendo a importante contribuição do economista. >>

TAB
De Sartre a Felipe Neto

A participação de Felipe Neto no Roda Viva, tradicional programa de entrevistas da TV Cultura, levantou um debate a respeito da sua legitimidade em ocupar aquele espaço. Afinal, um influenciador digital merece o espaço que já foi ocupado por governantes, artistas e intelectuais? Esta reportagem de Juliana Sayuri para o TAB parte de uma proposta interessante: o que um influenciador pode ensinar a um intelectual — e vice-versa. Além de um interessante relato histórico das diferentes conotações da palavra “intelectual” ao longo do tempo, a matéria traz interessantes pontos de reflexão justamente a partir das fraquezas de suas contribuições ao debate público. Se o intelectual clássico sofre com o encastelamento nas universidades e com a dificuldade de se conectar com as massas, o influenciador digital — na maior parte das vezes um profissional pago da internet — é refém das variações de humor da audiência, submetido à dinâmica dos likes e à cultura dos cancelamentos. >>

NEW YORK MAGAZINE
Aprendendo a viver com a incerteza

“Para muitas questões críticas sobre o coronavírus, simplesmente não temos respostas claras.” Este artigo de David Wallace-Wells avalia que quanto mais aprendemos sobre a covid-19 e criamos melhores práticas para combatê-la, mais claro fica que ainda estamos vivendo em um vale de ignorância pandêmica. As leis que regem o fluxo e refluxo do vírus permanecem “irritantemente inescrutáveis”. Mesmo quando as notícias são boas — como as taxas de casos se estabilizando durante um período de reabertura, por exemplo —, as explicações para o fenômeno não são conhecidas. E quando as notícias são assustadoras, lutamos para contextualizá-las. A falta de certeza afeta muitos campos da vida social, entre eles, os sistemas de ensino. A questão de reabertura das escolas é um dilema complicado e confuso, ainda sem solução. >>

BUZZFEED
O sonho de consumo americano

O consumo é parte integral da identidade americana. No pós-Segunda Guerra, comprar produtos nacionais era praticamente um chamado cívico. Depois do 11 de setembro, quando o impacto no setor de turismo arriscava aprofundar uma crise econômica, o então presidente George W. Bush conclamou os cidadãos do país a visitarem a Disney para recuperar a normalidade. Em momentos de crise nos EUA, o ato de comprar — não necessariamente o que se precisa —  sempre foi um uma maneira de contribuir com a sociedade e superar os momentos de dificuldade. O que acontece quando a pandemia atinge o consumo em cheio, e quando o próprio ato de fazer compras em uma loja — ou de encomendar algo pela internet e movimentar uma rede de empresas que nem sempre oferecem os cuidados necessários para seus trabalhadores — se torna um risco? Muito tem se falado sobre como o momento atual pode mudar hábitos de consumo. Esta reportagem da jornalista Anne Helen Petersen aborda essas ideias, mas seu foco maior é a história social e econômica do consumo nos EUA, da ideia do “sonho americano” no pós-guerra à gig economy, passando pela oferta constante de crédito desenfreado e o endividamento da população. >>

#IMS quarentena
O escritor pode ficar em silêncio?

O texto do escritor Milton Hatoum foi republicado como parte da série #IMSquarentena do Instituto Moreira Salles, que reúne ensaios do acervo e uma seleção de textos que olham para o mundo em tempos de pandemia. “Nos momentos em que a democracia está sob ataque, um escritor que se cala corre o risco, nada desprezível, de se tornar cúmplice do autoritarismo.” Para Hatoum, é essa única postura possível para intelectuais comprometidos com os valores da ética e do humanismo. “Muitos silenciaram em tempos sombrios. Agora mesmo, em meio a tanto arbítrio e brutalidade, é possível ouvir esse silêncio.” De Émile Zola a José Saramago, o autor de “Dois irmãos” traça um breve panorama de situações em que o posicionamento público é um imperativo, acima de ideologias e mesmo sob eventuais ataques. “É preferível perseverar numa análise lúcida e honesta a submergir no silêncio ou aderir à impostura”, sustenta Hatoum. >>

PROSPECT MAGAZINE
A destruição criativa pós-pandemia

“A crise influenciará o crescimento potencial por quatro canais, três negativos e um positivo. Do lado negativo, ela interromperá a aprendizagem nas escolas, diminuirá o investimento público e destruirá cadeias de produção globais. E do lado positivo, terá efeito por meio do processo ao qual o economista e teórico social austríaco do início do século 20 Joseph Schumpeter se referia como ‘destruição criativa’”. Este texto do economista Barry Eichengreen, professor da University of California, Berkeley, para a Prospect Magazine explica os impactos de cada um desses canais, com foco no positivo. “Que as notícias sejam ruins não é surpresa. Mas tem um lado bom nelas, especificamente o ímpeto que a covid-19 gera para a destruição criativa. O desaparecimento de empresas antigas e até mesmo de setores inteiros, como Schumpeter sustentou em sua obra-prima ‘Capitalismo, Socialismo e Democracia’, publicada logo após a Grande Depressão, cria espaço para as novas e inovadoras iniciativas preencherem o vazio.” >>

O QUE ESTAMOS LENDO NA GAMA

‘Não há limites entre nós e a natureza’

Uma das maiores lideranças indígenas do país, Ailton Krenak fala, nesta entrevista, sobre a situação que estamos vivendo, seus efeitos para o meio ambiente e o distanciamento que temos em relação à natureza. Krenak também rebate o ministro Ricardo Salles dizendo que “foi uma reunião de governo num momento gravíssimo, onde o assunto da pandemia só vem ao caso como uma oportunidade de assaltar o país. O que o Salles fala é isso: vamos aproveitar que está todo mundo preocupado com a pandemia e vamos assaltar o país. É uma imagem terrível”. Ele também explica o que é a sua desrotina. “Eu não tenho rotina, eu desbaratinei a rotina. Você pode fazer uma desrotina. Desrotina é quando você tem consciência de que está manejando a sua experiência durante o dia para viver aquele dia.” >>

 

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Enviado por Nexo Jornal em 31/05/2020.
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