Setembro de 2020 ver na web


Neste mês: o direito ao aborto e sua legislação no mundo, as mortes por covid-19 na América do Sul, o valor das notas das principais moedas, e mais.

EM DETALHE

O direito ao aborto e a legislação ao redor do mundo

No Brasil, o aborto é proibido por um decreto-lei de 1940, que também estabeleceu as possíveis exceções sob as quais o procedimento pode ocorrer. Não há punição em casos de estupro ou quando há risco de vida para as mulheres (além disso, em 2012, o STF estendeu as possibilidades para casos de fetos com anencefalia). Dada a sua legislação, o Brasil está na segunda categoria mais restrita da classificação feita pelo Center for Reproductive Rights, que mapeia as regras relacionadas ao direito ao aborto em todo o mundo.

A organização separa os países em cinco categorias, de acordo com as limitações existentes com relação ao direito ao aborto. Na mais restrita, o procedimento é proibido, independentemente das motivações, e, na menos restrita, ele é permitido sob pedido da mulher, com tempo máximo de gestação que varia de país para país.

Em 2019, quase 60% das mulheres em idade fértil no mundo viviam em lugares em que a legislação sobre acesso ao aborto era menos restrita, a maioria na Europa, Ásia e América do Norte. Por outro lado, 5% delas viviam em lugares como Honduras, Iraque e Filipinas, onde o procedimento é completamente proibido, mesmo em casos de estupro.

Entre os continentes, América do Sul, América Central e África eram os mais restritivos. Na nossa região, apenas Uruguai, Guiana e Guiana Francesa autorizavam o procedimento sob pedido. Os três países juntos representam apenas 1% das mulheres sul-americanas em idade fértil.

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OUTROS QUADRANTES

Peru, Chile e Brasil são os países mais afetados pela covid-19 na América do Sul

Desde maio de 2020, a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera a América do Sul um dos principais epicentros globais da pandemia. A região, que teve sua primeira morte confirmada na Argentina no início de março, chegou à marca de 200 mil mortes ao final de agosto. O número representava 23,5% do total de óbitos causados pela doença no mundo.

O Brasil, até então, somava 60,5% dos óbitos da região. Em termos relativos, o país tinha uma taxa de 55,2 óbitos a cada 100 mil habitantes, número que só era superado pelo Peru (86,1) e pelo Chile (57,8).

Após a data de publicação do gráfico, Equador e Bolívia superaram o Brasil nesse indicador. Juntos, os cinco países sul-americanos mencionados figuram, na data de hoje, entre os dez países do mundo com maior mortalidade por 100 mil habitantes.

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O valor das notas de dinheiro das maiores economias

Com a expectativa da nova nota de R$ 200, o Nexo publicou um gráfico comparando os valores das cédulas dos países do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo e a União Europeia. Em conversão direta, a maior cédula de euro (€ 200) valia à época R$ 1.220, enquanto 1.000 pesos argentinos, a maior cédula dos nossos vizinhos, valia apenas R$ 72.

No material também são mostrados os valores das notas corrigidos por PPP (Paridade de Poder de Compra), que permite a comparação entre as cédulas eliminando as diferenças no custo de vida em cada país. Usando essa conversão, as diferenças entre o valor da nota de R$ 200 e os das maiores notas de euro, dólar e iene ficam menores do que com a conversão direta, que reflete o preço que se pagaria em uma compra internacional ou em uma casa de câmbio. Ainda por meio da conversão por PPP, as maiores notas do Canadá, do Reino Unido, da Austrália, da Coreia do Sul e da África do Sul, entre outros países, valem menos do que a cédula de R$ 200.

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DO ARQUIVO

A percepção da população de 140 nações sobre as vacinas em 2018

Com o avanço dos testes para o desenvolvimento de uma vacina para a covid-19, voltou à tona a discussão sobre as consequências sanitárias de movimentos que pregam boicotes às imunizações. Antes, esse já era um assunto que preocupava profissionais de saúde, que observavam quedas na adesão à imunização de crianças, inclusive aqui no Brasil.

Com base em uma pesquisa que a consultoria Gallup realizou em 2018, o Nexo mostrou em gráficos qual era a percepção dos habitantes de cada nação sobre as vacinas, em especial sobre sua eficácia e segurança. Países mais ricos, como Áustria, França e Estados Unidos, se destacaram em algumas das perguntas, com percentuais mais elevados de pessoas que desconfiavam da vacinação.

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NO RADAR

Como uma bomba enorme surgiu no porto de Beirute

Em agosto, uma explosão de grandes proporções em Beirute, capital do Líbano, deixou 190 mortos e um extenso rastro de destruição. A tragédia ocorreu após um incêndio em um armazém do porto que guardava fogos de artifícios e nitrato de amônio, um material altamente explosivo.

Nesta reportagem visual, o jornal americano New York Times mostra em detalhes as dimensões do episódio. A publicação apresenta um vídeo com anotações gráficas e comentários de especialistas em química e engenharia, explicando os momentos chave da explosão, como a detonação do nitrato de amônio e a onda de choque invisível que destruiu vários prédios. O material também inclui visualizações do porto libanês em 3D, mapas e fotografias da região atingida.

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