28 de dezembro de 2020 ver na web
Olá! Esta é a edição #22 da newsletter "NexoEDU no Enem". O tema deste e-mail é "violência e segurança pública". O quadro de mortes violentas no país traz características como a alta taxa de assassinatos de pessoas negras e registra níveis altos de feminicídio. Nesse cenário, a segurança pública torna-se uma das principais preocupações do Brasil. Veja outras edições disponíveis nesta página.
Para começo de conversa
A violência é um traço que marca e distingue a sociedade brasileira. Os números de mortes violentas no país dão a dimensão desse cenário: entre 1996 e 2015, 996.694 pessoas foram vítimas de homicídio no território nacional. Este conteúdo especial mostra os dados de assassinatos nas últimas décadas e traz explicações para o crime que é uma epidemia nacional.
A segurança pública está entre os principais temas de políticas públicas discutidos no país. A compreensão sobre o assunto hoje é vasta. Neste vídeo, os pesquisadores Carolina Ricardo, Átila Roque e Daniel Cerqueira falam sobre os avanços e desafios nessa área.
Os gastos do governo com segurança pública totalizaram R$ 91,2 bilhões em 2018, o equivalente a 1,34% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A pesquisa avaliou que os investimentos na área são pouco eficientes. Veja os dados.
Além disso
A Síria foi o país com maior proporção de mortes violentas em 2016, segundo estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde). Naquele ano, o Brasil aparecia em 12º lugar no ranking. Estes gráficos mostram o quadro dessas mortes no mundo, diferenciando casos de conflitos armados e de homicídios e mostrando quem são as principais vítimas.
A violência é um problema nacional, mas seus efeitos podem ser mais ou menos graves sobre diferentes grupos da população. Em 2017, 75,5% das vítimas de homicídios no país eram pessoas negras, segundo dados do Atlas da Violência. O estudo também mostrou que a taxa de feminicídios cresceu 30,7% entre 2007 e 2017. Veja esses e outros dados.
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Como a violência afeta minorias no Brasil, segundo este relatório
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O Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que os homicídios no Brasil caíram em 2019, atingindo a menor taxa da década. Ao mesmo tempo, nunca tivemos tantas mortes causadas pela polícia. Entre as 47.773 mortes violentas em 2019, 6.357 foram cometidas por policiais. A letalidade policial no país não é um problema novo, mas tem crescido. Entenda.
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A alta da letalidade policial em 2019. E a sequência em 2020
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A Lei de Drogas é o instrumento responsável por instituir a atual política de drogas no país. A legislação, que mudou o tratamento de usuários e traficantes, recebe críticas por reproduzir um modelo ineficaz de “guerra às drogas” e contribuir para o aumento da população carcerária, segundo entidades da sociedade civil. A questão das drogas está no centro da discussão mundial sobre segurança pública e saúde. Entenda esse debate.
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Lei de Drogas: a distinção entre usuário e traficante, o impacto nas prisões e o debate no país
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Nas últimas seis décadas, estima-se que um milhão de pessoas tenham participado de algum caso de linchamento no país. Com tantos exemplos, esse tipo de violência passa a ser vista como um componente da realidade social do país. Este texto explica qual o perfil dos linchamentos e quem são suas vítimas.
para fechar
A pandemia do novo coronavírus e as recomendações de isolamento social levaram à diminuição do número de pessoas circulando nas ruas. O cenário alterou o número de roubos, de furtos e de casos de violência doméstica em São Paulo e no Rio de Janeiro, segundo dados parciais de abril. Entenda este cenário.
COLOQUE NA AGENDA
Nossa terceira aula aberta tem como tema a pandemia no Brasil e no mundo e será ministrada por Miguel Lago, cientista político e diretor-executivo do IEPS - Instituto de Estudos para Políticas de Saúde. A transmissão acontece terça-feira, 05 de janeiro, ao meio-dia. Inscreva-se no canal do Nexo no YouTube ou defina um lembrete para receber uma notificação minutos antes de começar.
SOBRE O PROFESSOR
Miguel Lago é diretor-executivo do IEPS. Cientista político, foi co-fundador do Meu Rio e diretor-presidente do Nossas, organização referência em civic-tech na América Latina. É professor visitante em Sciences Po-Paris e na Universidade de Columbia (SIPA). Em 2019 foi nomeado uma das 100 pessoas mais influentes em Governo Digital no mundo, segundo a plataforma britânica Apolitical.
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