23 de dezembro de 2020 ver na web


Olá! Esta é a edição #20 da newsletter "NexoEDU no Enem". O tema deste e-mail é "histórias e culturas africanas". A África é um continente diverso, composto por 54 países e populações com costumes, crenças e tradições distintas. Uma parte de suas manifestações também pertence à cultura do Brasil, país ligado à África pelo passado colonial. Hoje, em meio a mudanças no continente e ao aumento da consciência global contra o racismo, a cultura africana passa por um processo de valorização. Veja outras edições disponíveis nesta página.


Para começo de conversa

Do século 16 a 1888, o Brasil cresceu tendo como força de trabalho mão-de-obra africana escravizada. Estima-se que 4 milhões de homens, mulheres e crianças do continente foram trazidos ao país e vendidos como escravos no período. Até o século 19, contudo, pouco se sabia sobre quantas e como eram essas pessoas. Realizado no Império, o censo de 1872 foi o primeiro a medir dados de todo o território nacional, incluindo da população escravizada. A pesquisa foi um marco em termos de identidade nacional.

Censo de 1872: o retrato do Brasil da escravidão

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Além disso

Museus de diversos países estão fazendo esforços para rever e transformar seus acervos, assim como a maneira de exibi-los, incorporando em suas atividades e coleções um paradigma crítico ao colonialismo. As iniciativas de descolonização passam pela revisão das histórias contadas nos acervos, a diversificação de pessoas envolvidas em exposições e a atenção para a acessibilidade das mostras. Neste texto, entenda o pós-colonialismo e como instituições como o Masp (Museu de Arte de São Paulo) tentam incorporá-lo.

Arte e descolonização no Masp. E o tema em museus pelo mundo

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Assim como o candomblé e seus orixás, o acarajé chegou da África ao Brasil com os negros escravizados. O alimento, feito a partir do feijão fradinho triturado, carrega uma história de cultura, religião, liberdade e preconceito no país. Veja a história do “bolinho de fogo” neste vídeo do “É por quilo”, série do Nexo sobre comidas que ajudam a explicar o Brasil.

Acarajé: uma história de religião, liberdade e racismo

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Antes da pandemia do novo coronavírus, em 2019, analistas disseram que a África poderia estar passando por uma “nova Primavera Árabe”, após protestos populares terem levado à queda de líderes em países como a Argélia e o Sudão. Nesta entrevista, a professora argelina Samia Chabouni fala dos eventos políticos na região nos últimos anos, chama a atenção para diferenças locais e aponta quais são os elementos em comum entre países que dividem histórias semelhantes de colonização, descolonização, ditadura e revolução.

Qual o papel do povo e dos militares nas revoluções africanas

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A África tem uma produção literária diversa e estimulante, que mescla ficção, memórias, história e oralidade. Neste texto, Maria das Graças de Souza, professora de filosofia na USP (Universidade de São Paulo), indica livros para conhecer as obras mais recentes produzidas no continente.

5 livros de literatura africana contemporânea

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para fechar

O que é griô? O que é quilombo? O “Dicionário da história da África” divulga, a partir de 1.200 verbetes, alguns dos principais conceitos ligados à trajetória do continente entre os séculos 7 e 16. A obra, voltada a professores e estudantes, dá destaque à história dos impérios africanos, no período anterior ao da colonização e escravização dos negros. O objetivo do livro é comprovar “o papel dos africanos como sujeitos ativos de sua história”.

O livro que conta a história da África a partir de verbetes

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COLOQUE NA AGENDA

Nossa terceira aula aberta tem como tema a pandemia no Brasil e no mundo e será ministrada por Miguel Lago, cientista político e diretor-executivo do IEPS - Instituto de Estudos para Políticas de Saúde. A transmissão acontece terça-feira, 05 de janeiro, ao meio-dia. Inscreva-se no canal do Nexo no YouTube ou defina um lembrete para receber uma notificação minutos antes de começar.

 

 

SOBRE O PROFESSOR

Miguel Lago é diretor-executivo do IEPS. Cientista político, foi co-fundador do Meu Rio e diretor-presidente do Nossas, organização referência em civic-tech na América Latina. É professor visitante em Sciences Po-Paris e na Universidade de Columbia (SIPA). Em 2019 foi nomeado uma das 100 pessoas mais influentes em Governo Digital no mundo, segundo a plataforma britânica Apolitical.

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