Política

Líder do governo na Câmara defende soltura de deputado bolsonarista

Ricardo Barros (PP-PR) alega que governo não vai se envolver no caso de Daniel Silveira
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), se posicionou em rede sociaL Foto: Jorge William / Agência O Globo
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), se posicionou em rede sociaL Foto: Jorge William / Agência O Globo

BRASÍLIA -  O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) disse nesta quarta-feira que é a favor da soltura do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), preso após ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).  Em publicação no Twitter, Barros, no entanto, afirmou que trata-se de uma posição sua como parlamentar e que o governo não entrará na discussão, que deverá se limitar entre Legislativo e Judiciário.

Veja : PSL diz que vai expulsar Daniel Silveira, mas líder do partido na Câmara afirma que 'não houve flagrante'

“Como parlamentar, votarei pela soltura do deputado Daniel Silveira; pela liberdade de expressão, de opinião e pela imunidade parlamentar, direitos garantidos na constituição federal . O impasse é entre legislativo e judiciário. O governo não faz parte da questão”, escreveu o líder na rede social.

Nesta quarta-feira, em decisão unânime , o STF confirmou a prisão de Daniel Silveira. A decisão ainda será levada à Câmara. Os deputados poderão manter ou revogar a prisão.

Silveira foi preso pela Polícia Federal na terça-feira à noite em Petrópolis (RJ) por ordem do ministro Alexandre de Moraes,  após o parlamentar ter divulgado um vídeo no qual proferia ataques e ofensas aos ministros da Corte. O deputado fez apologia a agressões físicas contra os ministros e defendeu a "destituição" deles.

Embora seja um dos parlamentares mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, integrantes do governo defenderam, logo após a prisão, que o Palácio do Planalto  se mantenham distante da questão. Auxiliares de Bolsonaro também condenaram as declarações de Silveira e consideraram que qualquer sinalização em defesa do parlamentar pode criar uma nova tensão entre o Executivo e a Corte.