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Tensão entre Rússia e Ucrânia volta a subir na área de fronteira

05/04/2021 11h38

MOSCOU, 5 ABR (ANSA) - Os movimentos das Forças Armadas da Rússia próximos à fronteira com a Ucrânia nas últimas semanas voltaram a acender um sinal de alerta na comunidade internacional. Apesar do Kremlin negar a gravidade da situação, a União Europeia e os Estados Unidos se manifestaram abertamente em prol de Kiev.   

Nesta segunda-feira (5), o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, afirmou que as ações militares são programadas e que "o Exército se movimenta em nosso território onde acha necessário para garantir a sólida segurança do nosso país".   

"A Rússia não representa uma ameaça uma ameaça para nenhum país.   

Nós sempre levamos a nossa segurança muito a sério", disse Peskov à agência local Tass.   

No entanto, o representante acusou o governo ucraniano de "infelizmente" não cumprir com os acordos firmados com Moscou e de dizer que "há pequenos conflitos" na área do Donbass.   

"Provavelmente, logo nós chegaremos a um nível de interação com a Ucrânia onde não haverá mais reciprocidade e todo relacionamento será interrompido", pontuou.   

Durante o fim de semana, os governos da Alemanha e da França, que mediaram os acordos de cessar-fogo dos últimos anos, fizeram um apelo para a moderação entre as partes, pois os governos estão "preocupados com as constantes violações" da trégua.   

O alto representante europeu para a Política Externa, Josep Borrell, afirmou que também está preocupado com a situação e relatou uma ligação com o ministro das Relações Exteriores de Kiev, Dmytro Kuleba.   

"Acompanhamos com forte preocupação a atividade militar russa que circunda a Ucrânia. Apoiamos firmemente a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", disse ainda Borrell ressaltando que levará o caso para os próximos encontros de chanceleres europeus.   

Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também adotou um discurso na mesma linha e prometeu "apoio inabalável" à Ucrânia.   

Os ucranianos vêm denunciando o aumento de episódios de violência nas regiões do Donbass - que está em conflito civil desde 2014 - e próximo à Crimeia - território que foi anexado pelos russos à revelia de Kiev e da comunidade internacional na mesma época. (ANSA).   

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